sexta-feira, 19 de abril de 2013

Universidade de Deus para os anjos


"Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus  seja conhecida dos principados e  potestades nos céus"
 (Efésios 3:10)

Em Efésios ( 3.10) lemos que um dos propósitos do ministério de Paulo era que “pela igreja a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida agora dos principados e potestades nos lugares celestiais”. A palavra grega aqui traduzida como “pela” é uma preposição que fala de agência intermediária. É por intermédio da agência da Igreja que os anjos santos estão aprendendo a multiforme sabedoria de Deus. Os anjos foram criados antes deste universo haver sido trazido à existência por meio do ato criativo de Deus, pois exclamaram de alegria ao contemplarem a beleza da criação original (Jó 38:7). O universo é muito antigo, com milhões de anos, conforme é demonstrado pela ciência da astronomia. Os anjos tem estado a contemplar a majestade e a glória de da Deidade durante todos esses milênios e, no entanto, ainda não haviam aprendido certas coisas referentes ao seu próprio Criador, as quais só a Igreja lhes podia ensinar. Pedro, em sua primeira epístola (1.12), nos informa quais são essas coisas que os anjos desejam apaixonadamente perscrutar. Os anjos nunca tiveram uma concepção do amor, da graça, da humildade e do auto-sacrifício de Deus, até que puderam contemplar essas coisas na Igreja. Ali vêem o Calvário, onde o Criador morreu, o Justo em lugar dos injustos. Ali vêem a encarnação, onde o Criador se revestiu da forma e das limitações de um ser criado. Ali vêem o poder de Deus, que pode transformar um pecaminoso ser humano na imagem do querido filho de Deus, manifestação essa de poder muito maior do que a que operou durante a criação do universo. Deus fez aparecer um universo inteiro mediante uma simples palavra proferida. No entanto, foi preciso o Calvário para tornar possível a Igreja. Dessa maneira, a igreja provê um curso universitário para os anjos. Como eles nos observam! Como ficam admirados conosco! Sendo nós serem inferiores aos anjos, na escala da criação, em Cristo somos exaltados a uma posição superior à dos anjos, passando a fazer parte da própria família de Deus.
A tradução mais plena pode ser como segue: “A fim de que a variegada sabedoria de Deus pudesse ser conhecida dos principados e autoridades nos lugares celestiais, por meio da agência intermediária da Igreja”.


Fonte: WUEST, Kenneth S. Jóias do Novo Testamento Grego. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1986, 3ª impressão. 118 p.

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