quinta-feira, 28 de março de 2013

Jesus tudo entregou - uma história de Páscoa



1Coríntios 5:7b - “... Porque Cristo, nossa páscoa,
 foi sacrificado por nós”.

A Páscoa foi uma das festas mais importantes do calendário judaico do Antigo Testamento. Foi instituída pelo próprio Deus (Êxodo 12:1-2). Era tão importante que alterou até o calendário hebraico, visto que o próprio Deus determinou que o mês em que se comemoraria a Páscoa seria contado como o primeiro mês do ano. O ano comum ou civil seguia o seu curso ordinário, quando o Senhor o interrom­peu por causa do seu povo, e assim, em princípio, ensinou-lhes que deviam começar uma nova era em sua companhia. A história anterior de Israel não devia ser doravante tomada em conta. A redenção tinha de constituir o primeiro passo na vida real. Tal fato ensina-nos uma verdade bem simples: a vida do homem não é realmente de interesse até que ele comece a andar com Deus no conhecimento de uma salvação perfeita e de uma paz estável, pelo sangue precioso do Cordeiro de Deus.

O evento mais importante da páscoa judaica era o sacrifício de um cordeiro, perfeito, o qual trazia à memória a grande salvação que Deus concedeu às famílias judias na noite em que a décima praga assolou o Egito. Cristo, ao morrer pelo homem durante o início das comemorações da Páscoa, foi o último cordeiro pascal a ser sacrificado. Seu sacrifício foi completo e é por ele que a nossa história é transformada.  

            Tão importante como a morte de Cristo é a sua ressurreição. Paulo escreveu que a garantia de que somos libertos do poder do pecado baseia-se no fato de que Cristo ressuscitou (1 Coríntios 15:17).  Ela é a  base da nossa fé; é o cumprimento das profecias sobre o Messias e a garantia de que tal como Jesus é nós também seremos (1 João 3:2).

            Para nós, cristãos, a Páscoa deve ser vista como um memorial de tudo o que Cristo fez em nossa vida: Ele nos resgatou do poder do pecado e da morte, nos purificou, nos encheu do seu Espírito e nos deu uma nova vida para vivermos para glorificar a Deus. Tal como na Páscoa judaica, cuja importância mudou o calendário daquele tempo, fazendo do mês de sua comemoração o primeiro mês do ano, nossa história é mudada quando aceitamos a redenção oferecida através de Jesus, sendo a partir daí o dia do nosso novo nascimento o mais importante da nossa história.

Nesta Páscoa, celebre em tua vida o fato de que Cristo morreu em teu lugar para remover os teus pecados, tornando-te filho e herdeiro de Deus. Celebre a salvação em Cristo, a vida eterna, e a vitória de Jesus sobre a morte. Celebre a ressurreição de Jesus, pois, assim como ele venceu, nós também venceremos!

por Célio A Silva

segunda-feira, 25 de março de 2013

Falsos convertidos



Você já reparou como as igrejas estão cheias de falsos convertidos? Qual a raiz deste problema? Mark Dever, em uma pregação chamada “Falsos Convertidos: O Suicídio da Igreja”  analisa o caso. Falsos convertidos são frutos de um evangelho deturpado. No trecho deste video, ele mostra como a falta de ortopraxia (a prática correta) pode gerar falsos convertidos. Mark Dever afirma que é um erro apresentar uma igreja sem (1) santidade, (2) sofrimento e (3) amor. Uma igreja que é apresentada sem tais pontos é um lugar fácil para se ter falsos cristãos. Como Dever fiz:
[...] se você quer reunir muitos cristãos falsos em sua igreja, apenas diga a eles que há um dom gratuito que não requer nenhum sacrifício próprio, e que a dificuldade de carregar a cruz é apenas para aqueles super-santos que escolhem “extra-grande” quando pedem suas “refeições espirituais”. A verdade, contudo, é: sem cruz, sem coroa. Sem cruz, sem coroa. Jesus nos ensinou que neste mundo teríamos aflições. Ele disse àqueles que estavam considerando segui-lo: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e me siga.”
 Fonte: blogfiel.com.br

sexta-feira, 22 de março de 2013

Em Cristo


por Burk Parsons

Repetitio mater studiorum est. “A repetição é a mãe de todo aprendizado.” O apóstolo Paulo entendeu isso. Sob a inspiração e a superintendência do Espírito Santo, Paulo constantemente repetia as verdades fundamentais da doutrina bíblica, e ele fazia isso não apenas dentro de cada uma de suas epístolas, mas às vezes dentro da mesma frase. O mais claro exemplo disso é encontrado na epístola de Paulo aos efésios. Conforme ele desenrola o glorioso mistério de nossa salvação, Paulo reitera a frase “em Cristo” ou “nele” continuamente ao longo do primeiro capítulo, e quase dez vezes nos versos 3 a 14, que é uma longa frase na língua original. Há muitos anos atrás, enquanto eu pregava em Efésios capítulo 1, eu expliquei à nossa congregação que se eles fossem lembrar de apenas uma verdade de nosso estudo de Efésios, que fosse a frase “em Cristo”, que é uma maneira curta de se lembrar de um dos mais fundamentais aspectos da salvação — nossa união com Cristo.
A união do crente com Cristo há tempos vem sido uma doutrina negligenciada em muitas igrejas, embora seja uma doutrina central da Escritura. A Palavra de Deus nos ensina que somos escolhidos em Cristo antes da fundação do mundo e que somos unidos com Cristo pela graça justificadora de Deus através da nossa fé somente por causa da morte expiatória de Cristo somente (João 15:4-7; 1 Coríntios 15:22; 2 Coríntios 12:2; Gálatas 3:28; Efésios 1:4, 2:10; Filipenses 3:9; 1 Tessalonicenses 4:16; 1 João 4:13). A natureza dessa união não é apenas que estamos em Cristo, mas que ele está em nós (João 6:56; Romanos 8:10; 2 Coríntios 13:5; Gálatas 2:20; Efésios 3:17; Colossenses 1:27). As implicações teológicas de nossa união com Cristo são espantosas, e é o próprio Cristo quem nos ensinou que elas são. Em João 15, Jesus disse: “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (v. 5). Na raiz de nossa santificação está nossa união com Cristo. Como ramos, nós damos frutos precisamente porque estamos unidos a Cristo, a videira, e estamos conectados à videira por causa da obra de Deus Pai, que é “o agricultor” (15:1). Além disso, em sua oração sumo-sacerdotal, Jesus expressou a profunda união que ele tem com os crentes, dizendo: “… eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim” (17:23). Nesta gloriosa oração, Jesus revela a absoluta majestade desta doutrina quando expressa que nossa união com ele — o eterno Logos, o Filho de Deus, a segunda pessoa da Divindade, Deus conosco — tem a direta implicação que, em Cristo, o pai nos ama como ele ama seu Filho unigênito. E visto que estamos unidos com Cristo, estamos unidos com ele em sua morte e, portanto, também seremos unidos com ele em sua ressurreição (Romanos 6:5).
Fonte: blogfiel.com.br

segunda-feira, 18 de março de 2013

A honra que Cristo outorga às Escrituras


Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a 
vida eterna, e são elas que de mim testificam” (João 5:39)

Notemos a honra que Cristo atribuiu às Escrituras. Falou sobre elas, ao concluir sua lista de evidências, como aquelas que prestam grande testemunho a respeito dele - “Examinai as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim”.

As Escrituras”, mencionadas por Jesus, referem-se obviamente ao Antigo Testamento. E essas palavras de Cristo mostram uma importante verdade que muitos tendem a ignorar: cada parte da Bíblia tem o propósito de nos ensinar a respeito dele. Cristo não está presente apenas nos evangelhos e epístolas; pode ser encontrado, de forma direta ou indireta, na Lei, nos Salmos e nos Profetas. Jesus Cristo, o Messias, está presente nas promessas feitas a Adão, Abraão, Moisés e Davi, nas figuras e simbologia da lei cerimonial, nas predições de Isaías e outros profetas.

Como podem os homens possuir tão pouca compreensão dessas coisas? A resposta é clara: eles não examinam as Escrituras; não se aprofundam neste maravilhoso tesouro de sabedoria e conhecimento, nem buscam se familiarizar com seu conteúdo. A leitura da Bíblia, com regularidade e sinceridade, é o grande segredo para alguém permanecer na fé. Ignorar as Escrituras é a causa de todo tipo de erro.

Afinal, em que pode o homem acreditar, se não crê na missão divina do Senhor Jesus Cristo? De fato, grande é a obstinação da incredulidade. Uma nuvem de testemunhas testifica que Jesus é o Filho de Deus. Argumentar quanto à falta de evidências equivale a uma tolice infantil. A verdade óbvia é que a incredulidade faz do coração o seu trono principal. São muitos os que não desejam crer e, portanto, permanecem incrédulos.


Fonte: RYLE, J. C. Meditações no Evangelho de João. São José Dos Campos: Fiel, 2000. 274 p.


sexta-feira, 15 de março de 2013

O pecado é uma escolha


O que a natureza humana tem que a faz sujeita à tentação e vulnerável ao pecado? Adão e Eva foram criados sem pecado e sem a necessidade de pecar. No entanto, algumas características permitiram que o pecado entrassem em suas vidas (Gn 3:6-7). Quais foram essas características?

As Escrituras nos oferecem duas respostas. No caso de Eva, a escolha de acreditar em uma mentira foi a porta de entrada do pecado em sua vida (Gn 3.13; 2Co 11.3; 1 Tm 2.14). Adão, por sua vez, optou por ignorar a ordem de Deus (Gn 3.17).

Essas duas escolhas – enganar a si mesmo e fazer a vontade própria prevalecer – são dois lados de uma mesma moeda. Ambos atuam como complicadores da realidade, permitindo que o pecado até hoje continue a criar raízes e a gerar seu fruto mortal em nós, até o momento em que Cristo entre em nossa vida e destrua os vínculos com o mal, dando-nos poderes para resistir a ele.

A tentação é o apelo que o pecado faz aos nossos desejos e às nossas necessidades básicas quando precisam ser satisfeitos, usando para isso meios impróprios e perversos. Isso também pode ser definido como engano a si próprio, porque desta forma criamos maneiras de justificar-nos diante da ilusão da satisfação, mesmo sabendo intimamente que a atitude errada será tomada e gerará dor e morte, em vez de prazer e vida para a nossa alma.

Por esta razão, as Escrituras frequentemente falam quem este tipo de cegueira é exercido como um ato de vontade própria, com o qual optamos pela rebeldia e pela ilusão. Mas, quando Cristo entra em nossa vida, Ele regenera nosso coração e liberta-nos, para fazermos a escolha correta e verdadeira (1Co 6:9-11; Tg 1:26-27; 1 Jo 3:7-9).


Fonte: RADMACHER, Earl D; ALLEN, Ronald B; HOUSE, H. Wayne. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento: A Palavra de Deus ao alcance de todos. Rio de Janeiro: Central Gospel, 2010. 1418 p.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Apascentando ovelhas ou entretendo bodes?


[C.H.Spurgeon]

Um mal acontece no arraial professo do Senhor, tão flagrante na sua impudência, que até o menos perspicaz dificilmente falharia em notá-lo. Este mal evoluiu numa proporção anormal, mesmo para o erro, no decurso de alguns anos. Ele tem agido como fermento até que a massa toda levede.

O demônio raramente fez algo tão engenhoso, quanto insinuar à Igreja que parte da sua missão é prover entretenimento para o povo, visando alcançá-los. De anunciar em alta voz, como fizeram os puritanos, a Igreja, gradualmente, baixou o tom do seu testemunho e também tolerou e desculpou as leviandades da época. Depois, ela as consentiu em suas fronteiras. Agora, ela as adota sob o pretexto de alcançar as massas.

Meu primeiro argumento é que prover entretenimento ao povo, em nenhum lugar das Escrituras, é mencionado como uma função da Igreja. Se fosse obrigação da Igreja, porque Cristo não falaria dele? "
Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" (Lc.16:15). Isto é suficientemente claro. Assim também seria, se Ele adicionasse "e provejam divertimento para aqueles que não tem prazer no evangelho". Tais palavras, entretanto, não são encontradas. Nem parecem ocorrer-Lhe.

Em outra passagem encontramos: "
E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres"(Ef.4:11). Onde entram os animadores? O Espírito Santo silencia, no que se refere a eles. Os profetas foram perseguidos por agradar as pessoas ou por oporem-se a elas?

Em segundo lugar, prover distração está em direto antagonismo ao ensino e vida de Cristo e seus apóstolos. Qual era a posição da Igreja para com o mundo? "
Vós sois o sal da terra" (Mt.5:13), não o doce açúcar – algo que o mundo irá cuspir, não engolir. Curta e pungente foi a expressão: "Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos"(Mt.8:22). Que seriedade impressionante!

Cristo poderia ter sido mais popular, se tivesse introduzido mais brilho e elementos agradáveis à sua missão, quando as pessoas O deixaram por causa da natureza inquiridora do seu ensino. Porém, eu não O escuto dizer: "Corre atrás deste povo Pedro, e diga-lhes que teremos um estilo diferente de culto amanhã; algo curto e atrativo, com uma pregação bem pequena. Teremos uma noite agradável para eles. Diga-lhes que, por certo, gostarão. Seja rápido, Pedro, nós devemos alcançá-los de qualquer jeito!". Jesus compadeceu-se dos pecadores, lamentou e chorou por eles, mas nunca pretendeu entretê-los.

Em vão as epístolas serão examinadas com o objetivo de achar nelas qualquer traço do evangelho do deleite. A mensagem que elas contêm é: "Saia, afaste-se, mantenha-se afastado!" Eles tinham enorme confiança no evangelho e não empregavam outra arma.

Depois que Pedro e João foram presos por pregar o evangelho, a Igreja reuniu-se em oração, mas não oraram: "Senhor, permite-nos que pelo sábio e judicioso uso da recreação inocente, possamos mostrar a este povo quão felizes nós somos". Dispersados pela perseguição, eles iam por todo mundo pregando o evangelho. Eles "
viraram o mundo de cabeça para baixo". Esta é a única diferença! Senhor, limpe a tua Igreja de toda futilidade e entulho que o diabo impôs sobre ela e traze-a de volta aos métodos apostólicos.

Por fim, a missão do entretenimento falha em realizar o objetivo a que se propõe. Ela produz destruição entre os jovens convertidos. Permitam que os negligentes e zombadores, que agradecem a Deus porque a Igreja os recebeu no meio do caminho, falem e testifiquem! Permitam que falem os negligentes e zombadores, que foram alcançados por um evangelho parcial; que falem os cansados e oprimidos que buscaram paz através de um concerto musical. Levante-se e fale o bebado para quem o entretenimento na forma de drama foi um elo no processo de sua conversão! A resposta é óbvia: a missão de promover entretenimento não produz convertidos verdadeiros.

O que os pastores precisam hoje, é crer no conhecimento aliado a espiritualidade sincera; um jorrando do outro, como fruto da raiz. Necessitam de doutrina bíblica, de tal forma entendida e experimentada, que ponham os homens em chamas.

Fonte: http://www.hermeneuticaparticular.com