sexta-feira, 19 de abril de 2013

Segue os verdadeiros


Mas você tem seguido de perto o meu ensino, a minha conduta, o meu propósito, a minha fé, a minha paciência, o meu amor, a minha perseverança, as perseguições e os sofrimentos que enfrentei, coisas que me aconteceram em Antioquia, Icônio e Listra. Quanta perseguição suportei! Mas, de todas essas coisas o Senhor me livrou! De fato, todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos.”   (2 Timóteo 3:10-12, NVI)


Paulo deixa de lado os falsos líderes e lembra a Timóteo que ele (Paulo) foi um servo fiel de Deus. Nestes dias difíceis, é importante seguir os líderes espirituais certos. Quais são suas características?

Sua vida é aberta para todos (v.10a). Paulo não tinha coisa alguma a esconder. Como o mestre, poderia afirmar “Nada disse em oculto” (Jo 18.20). “Quanto à minha vida, desde a mocidade […] todos os judeus a conhecem”, disse Paulo a Agripa (At 26:4). Timóteo havia vivido e trabalhado com Paulo e o conhecia bem. O apóstolo não se escondera por trás de declarações extravagantes e de propaganda religiosa.
Ensinam a verdadeira doutrina (v.10b). “O meu ensino”, nesse caso, se refere à fé verdadeira de Paulo, o evangelho de Jesus Cristo. Por mais carismático que um pregador seja, se ele não pregar a verdade da Palavra de Deus, não merece nosso apoio. Hoje em dia, vemos nos programas e rádio e de televisão um bocado de “pseudocristianismo”, que mistura psicologia, motivação para o sucesso, culto a esta ou àquela celebridade e um pouco de Bíblia para dar uma aparência religiosa. Cuidado!
Praticam o que pregam (v.10c). O “procedimento” (modo de vida) de Paulo corroborava sua mensagem. Não pregava o sacrifício, enquanto vivia no meio do luxo. Dava aos outros muito mais do que havia recebido deles. Defendia a verdade, mesmo que isso significasse perder amigos e, no fim, perder até a própria vida. Paulo era um servo, não uma celebridade.
Seu propósito é glorificar a Deus (v.10d). Nunca houve dúvidas quanto ao “propósito” de Paulo no ministério: ele desejava fazer a vontade de Deus e concluir a obra da qual Deus o havia incumbido (At 20:24; Fp 1:21). O apóstolo Paulo era um homem de “fé” que confiava que Deus supriria suas necessidades. Era um homem “longânimo” que suportava com paciência os ataques das pessoas. Era um homem de “amor” que se dedicava de bom grado a servir os outros. O termo “perseverança”, no final de 2 Timóteo 3.10, significa “capacidade de permanecer firme e constante, mesmo em meio às dificuldades”.
Estão dispostos a sofrer (vv.11,12). Paulo não pediu que outros sofressem por ele; ele sofreu por outros. O fato de ter sido perseguido de cidade em cidade era prova de que levava uma vida piedosa. Hoje em dia, há quem acredite que piedade significa escapar das perseguições, quando, na verdade, é justamente o contrário.
Fico imaginando como Paulo se sairia se fosse avaliado pelos conceitos atuais de liderança cristã. É provável que fosse reprovado. Será que o aceitariam, se ele se candidatasse a trabalhar em uma organização missionária moderna? Havia sido preso; tinha problemas de saúde e criava problemas em quase todos os lugares por onde passava. Era pobre e não se preocupava em agradar aos ricos. No entanto, foi usado por Deus, e, até hoje, somos abençoados porque Paulo foi fiel.

Fonte: WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo: Novo Testamento. Santo André: Geográfica, 2007. 


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