quarta-feira, 21 de março de 2012

A Bíblia é a Palavra de Deus


Sem levar em conta qualquer teoria sobre a inspiração da Bíblia, ou qualquer ideia sobre como foi que seus livros chegaram à forma atual, ou até onde o texto bíblico sofreu às mãos dos redatores e copistas, ao ser transmitido, abstraindo-nos da questão de saber o quanto é que se deve interpretar ao pé da letra e o quanto é que se deve aceitar como tendo sentido figurado, ou qual parte da Bíblia é história, e qual é poesia, se simplesmente admitirmos que a Bíblia é exatamente aquilo que se apresenta ser, se estudarmos seus livros para lhes conhecer o conteúdo, acharemos nela uma unidade de pensamento a indicar que uma Mente única inspirou a escrita e a compilação de toda a série dos seus livros, que ela traz em si o sinete do seu Autor, que, é em sentido único e distintivo, A PALAVRA DE DEUS.

Há uma opinião moderna, sustentada mesmo em larga escala em certos círculos intelectuais, de que a Bíblia é uma espécie de história secular do esforço do homem por encontrar Deus: um registro da sua experiência no esforço por alcançá-lo, melhorando gradativamente suas ideias a respeito da Divindade, baseado nas experiências das gerações precedentes. Naquelas passagens, tão abundantes na Bíblia, onde se diz que Deus falou, de acordo com esta opinião Deus não falou realmente, mas os homens expressaram suas ideias em linguagem que diziam ser a linguagem de Deus, quando, na realidade isso era apenas o que imaginavam a respeito de Deus. A Bíblia, por essa forma, seria nivelada aos outros livros, mas como obra humana, fingindo ser obra de Deus.

Rejeitamos de todo essa ideia e com repugnância. Cremos que a Bíblia é, não o relato do homem sobre seus esforços por encontrar a Deus, porém a narração do esforço de Deus por se revelar ao homem: é o registro do próprio Deus, quanto ao seu trato com os homens, na revelação que de si mesmo fez à raça humana; é a vontade revelada do Criador do homem, transmitida ao homem pelo próprio Criador, para lhe servir de instrução e direção nos caminhos da vida.

Os livros da Bíblia foram compostos por autores humanos, nem se sabendo quais foram alguns deles. Tampouco se conhece como foi exatamente que Deus dirigiu esses autores no ato de escrever. Contudo, afirma-se que Deus os dirigiu e os livros da Bíblia forçosamente são exatamente o que Deus quis que fossem.

Há uma diferença entre a Bíblia e todos os outros livros. Os escritores em geral podem orar a Deus que os ajude e dirija, e Deus realmente os ajuda e dirige. Há no mundo inteiro muitos livros bons, a cujos autores, sem dúvida, Deus ajudou a escrever. Mas ainda assim, os autores mais piedosos dificilmente teriam a presunção de alegar que Deus escreveu seus livros. Pois essa autoria divina é atribuída à Biblia. Deus mesmo supervisionou, dirigiu e ditou a escrita dos seus livros, tendo sob seu completo controle os autores humanos, e de tal modo a redação é de Deus. A Bílbia é a PALAVRA DE DEUS num sentido em que nenhum outro livro no mundo a pode ser.

Pode acontecer que alguma expressões bíblicas sejam “formas antigas de exprimir pensamentos”, para transmitir ideias que hoje expressaríamos de outro modo, porque foram vazada em linguagem de tempos remotos. Mas ainda assim, a Bíblia encerra em si precisamente aquilo que Deus quer que a humanidade saiba, na forma exata pela qual Ele quer que nós o conheçamos. E até ao fim dos tempos o precioso velho livro será a única resposta às indagações da humanidade na busca de Deus.

A Bíblia, composta por muitos autores, através de muitos séculos, sendo contudo, UM LIVRO só, é, em si mesma, o milagre proeminente dos séculos, que traz em relevo sua própria evidência de ser de origem sobre-humana.

TODA PESSOA deve amar a Bíblia. Toda gente deve lê-la assiduamente. Todos devem esforçar-se por viver seus ensinos. A Bíblia precisa ocupar o centro da vida e da atuação de cada igreja e de cada púlpito.

O ÚNICO MISTER DO PÚLPITO É O ENSINO SIMPLES E EXPOSITIVO DA PALAVRA DE DEUS.

(Extraído de “MANUAL BÍBLICO: um comentário abreviado da Bíblia”. Henry H. Halley. São Paulo: Vida Nova, 1994, 4 ed., pgs. 22-23)


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