terça-feira, 24 de abril de 2012

Quanto amo a tua lei!


"Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia! Tu, pelos teus mandamentos, me fazes mais sábio que meus inimigos, pois estão sempre comigo. Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque medito nos teus testemunhos. Sou mais prudente do que os velhos, porque guardo os teus preceitos. Desviei os meus pés de todo caminho mau, para observar a tua palavra. Não me apartei dos teus juízos, porque tu me ensinaste. Oh! Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais doces do que o mel à minha boca. Pelos teus mandamentos, alcancei entendimento; pelo que aborreço todo falso caminho.

Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho. Jurei e cumprirei que hei de guardar os teus justos juízos. Estou aflitíssimo; vivifica-me, ó SENHOR, segundo a tua palavra. Aceita, SENHOR, eu te rogo, as oferendas voluntárias da minha boca; ensina-me os teus juízos. A minha alma está de contínuo nas minhas mãos; todavia, não me esqueço da tua lei. Os ímpios me armaram laço; contudo, não me desviei dos teus preceitos. Os teus testemunhos tenho eu tomado por herança para sempre, pois são o gozo do meu coração. Inclinei o meu coração a guardar os teus estatutos, para sempre, até ao fim."    (Salmos 119:97-112)

Lâmpada para os meus pés é a tua Palavra.” O salmista exclama “Quanto amo a tua lei!”. E depois acrescenta que se tornou mais sábio que os seus inimigos e alcançou mais compreensão que os seus mestres. Mas isso não é para causar admiração, porque as intuições de quem ama são rápidas e infalíveis. Os que amam, sabem. Nós temos dois órgãos de conhecimento: a cabeça e o coração. Este é o mais ágil e o mais verdadeiro dos dois, e acha-se predisposto ao amor, tanto humano quanto divino, como a lira às mãos do músico. O estudo da Palavra de Deus feito por alguém que a ama, dá-lhe uma compreensão que nenhuma cultura universitária é capaz de conferir, mesmo que esse alguém seja simples e iletrado. Ele fica de posse de uma lâmpada que o guia certeiramente pelas trilhas sinuosas desta vida mortal.

Também existe outra vantagem: aquele que é profundamente instruído na Palavra de Deus detesta todo caminho de falsidade. E não é que ele seja simplesmente advertido a não tomá-lo: ele não quer tomá-lo. O resultado do amor à Bíblia, e do estudo dela, é uma aversão ao pecado. Podemos não reter tudo o que aprendemos, mas a água que passa por uma peneira a limpa.

(MEYER, F.B. Comentário Bíblico. Belo Horizonte: Betânia, 2002, 2ª ed., p.321)


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