domingo, 15 de janeiro de 2012

Ensinar é uma questão de estimular o equilíbrio


Admitindo-se os processos de assimilação e acomodação, nós podemos desenvolver uma abordagem para um ensino eficaz. Um ensino eficaz começa ao se ativar as estruturas cognitivas existentes pela introdução de conceitos familiares. Começar com o que é conhecido cativa a mente e fornece uma estrutura para o que virá a seguir.

Segundo, o professor deve introduzir novos conceitos ou fatos que as estruturas cognitivas existentes não podem acomodar. Essa interrupção do equilíbrio cognitivo pode causar um certo grau de desconforto, mas é necessário para o processo de aprendizado. O pequeno nível de ansiedade gerado com o desequilíbrio fornece a “energia” necessária para o aprendizado.

Alunos que foram incomodados com uma aula conhecem bem o sentimento de não estar equilibrado. Há um desconforto que pode ser útil para o aprendizado, não permitindo que a pessoa descanse até que a questão esteja resolvida. Mas quando o desequilíbrio se torna muito severo, funciona como um dano ao aprendizado. O estudante que diz “eu não quero pensar sobre isso” está dizendo “eu não quero ser desequilibrado”. O professor sábio é sensível ao nível correto de desconforto apropriado para um aprendizado eficaz.

Terceiro, o professor ajuda o aluno a criar novas estruturas  cognitivas que podem assimilar as novas ideias. Ensinar é uma questão de ajudar as pessoas a pensar de maneiras mais adequadas sobre o assunto em questão.

As parábolas de Jesus serviram a esse propósito. Ele começava falando sobre um conceito familiar, apresentava uma nova ideia que rompia com as categorias religiosas de sua audiência, e então resolvia o conflito ao sugerir melhores formas de pensar sobre o reino de Deus. Da mesma forma, ensinar é uma questão de apresentar novas informações ou novos conceitos e ajudar os alunos a reestruturarem o pensamento para incluir a nova informação de maneira responsável.

Fonte:
DOWNS, Perry G. Introdução à Educação Cristã. São Paulo: Cultura Cristã, pgs. 109-110 


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