quinta-feira, 13 de junho de 2013

Não cesses de falar deste livro da lei


 [Russel Norman Champlin]

Somente seja forte e muito corajoso! Tenha o cuidado de obedecer a toda a lei que o meu servo Moisés lhe ordenou; não se desvie dela, nem para a direita nem para a esquerda, para que você seja bem sucedido por onde quer que andar. Não deixe de falar as palavras deste Livro da Lei e de meditar nelas de dia e de noite, para que você cumpra fielmente tudo o que nele está escrito. Só então os seus caminhos prosperarão e você será bem sucedido(Josué 1:7-8)


Tão somente sê forte e mui corajoso. Uma vez mais, o Senhor encorajou Josué (ver os vss. 6, 9 e 18; cf. Deu. 31.7), sendo aqui informado de que a observância da lei dar-lhe-ia as forças necessárias para cumprir sua tarefa, porque Yahwehm que baixara a lei, estaria ao seu lado. Um Josué desobediente, entretanto, não chegaria a lugar nenhum quanto à difícil tarefa que tinha recebido. A obediência à lei, sem dúvida alguma, é o grande tema dos livros desde Êxodo até Josué. […] A promessa da vitória na conquista da Terra Prometida era condicional. Nenhuma missão divina dada aos homens é incondicional. O crente precisa estar preparado, agir e levar avante a sua tarefa. A geração mais antiga de israelitas tinha chegado até a fronteira da Terra Prometida, mas não pôde entrar. Moisés, tão intimamente ligado àquela geração, também foi proibido de entrar ali. A desobediência fizera-se presente, desqualificando aquela geração de Israel e o próprio Moisés.
Para que sejas bem sucedido. Não quanto ao aspecto econômico ou sob a forma de propriedades, mas em sua missão, para que a levasse a bom termo. A lei prometia vida e prosperidade (Deu. 4.1; 5.33; 6.2).
Não cesses de falar deste livro da lei. Este oitavo versículo reforça a mensagem do anterior, ou seja, a absoluta necessidade de obediência à lei, que é o principal tema dos livros desde o Êxodo até Josué, bem como o grande lema do judaísmo através dos séculos. O modus operandi dessa obediência é descrito neste versículo:
1) A palavra de lei precisava estar na boca de Josué, sempre pronta para ser dita; porquanto era mister comunicá-la e outras pessoas. Cf. Deu. 6.7.
2) Josué precisava meditar sobre a lei, para conhecer bem o seu conteúdo, saturando o seu coração com a mensagem da lei. Digamos que seria uma meditação transformadora. Cf. Sal. 1.2; 119.97.
3) Josué tinha de observar todos os aspectos da lei, tanto as suas provisões morais quanto as suas provisões cerimoniais, cuidando para que o povo de Deus também não se esquecesse de tal observância. Cf. Num. 1.54; Deu. 32.46; Esd. 7.10 e Tia. 1:22-25.
Josué era um homem de tendências militares; mas, para que a sua tarefa militar desse certo, ele precisaria ser também um homem espiritual. “Israel precisava apegar-se à lei por meio da lealdade; deveria falar sobre ela; meditar sobre ela; ensiná-la continuamente. Cf. Deu 5.29-33 e 6.4-9. Somente então essa nação poderia ter esperança de obter a vitória” (John Bright)

Fonte: CHAMPLIN, Russel Norman. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo: Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, I Samuel, II Samuel, I Reis, volume 2. São Paulo: Hagnos, 2001, 2ª ed.

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