[por John Stott]
A única forma de ser justificado do pecado é o salário
do pecado ser pago, ou pelo pecador ou pelo substituto apontado por
Deus. Não há forma de escapar, pois a penalidade tem de ser paga.
Como um homem, condenado por um crime e sentenciado a um período de
encarceramento, pode ser justificado? Apenas cumprindo a sentença de
seu crime, na cadeia. Assim que ele pagar sua pena, poderá deixar a
prisão como um homem justificado. Ele não precisará mais temer a
polícia nem os magistrados, pois as exigências da lei foram
satisfeitas. Ele foi justificado de seu pecado.
O mesmo princípio é válido se a penalidade for a
morte. Não há forma de justificação, exceto o pagamento da
penalidade. Você pode responder que, nesse caso, pagar a penalidade
não é, de forma alguma, um meio de escape. E você estaria certo,
se estivesse falando da pena de morte aqui na terra. Uma vez que um
assassino é executado (em países em que a pena de morte ainda é
aceita), sua vida na terra termina. Ele não pode viver novamente na
terra como um homem justificado, da mesma forma que uma pessoa que
cumpriu sua pena na prisão poderia. Mas a coisa maravilhosa sobre a
justificação cristã é que nossa morte foi seguida pela
ressurreição, na qual podemos viver a vida de uma pessoa
justificada, por termos pagado a pena de morte (em Cristo e por meio
dele) por nosso pecado.
Para nós, portanto, é assim. Merecíamos morrer por
nossos pecados. E, de fato, morremos, embora não em nossa própria
pessoa, mas na pessoa de Jesus Cristo, nosso substituto, que morreu
em nosso lugar e com quem fomo unidos pela fé e pelo batismo. E, por
meio dessa união com esse mesmo Cristo, ressuscitamos. Assim, a
antiga vida de pecado termina, pois nós morremos para ele, e a nova
vida dos pecadores justificados se inicia. Nossa morte e ressurreição
com Cristo tornam o voltar atrás inconcebível para nós. É nesse
sentido que nosso “eu” pecador foi despojado de poder, e fomos
libertos.
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