“Mas
você tem seguido de perto o meu ensino, a minha conduta, o meu
propósito, a minha fé, a minha paciência, o meu amor, a minha
perseverança, as perseguições e os sofrimentos que enfrentei,
coisas que me aconteceram em Antioquia, Icônio e Listra. Quanta
perseguição suportei! Mas, de todas essas coisas o Senhor me
livrou!
De
fato, todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão
perseguidos.” (2 Timóteo 3:10-12, NVI)
Paulo
deixa de lado os falsos líderes e lembra a Timóteo que ele (Paulo)
foi um servo fiel de Deus. Nestes dias difíceis, é importante
seguir os líderes espirituais certos. Quais são suas
características?
Sua
vida é aberta para todos (v.10a). Paulo não tinha coisa
alguma a esconder. Como o mestre, poderia afirmar “Nada disse em
oculto” (Jo 18.20). “Quanto à minha vida, desde a
mocidade […] todos os judeus a conhecem”, disse Paulo
a Agripa (At 26:4). Timóteo havia vivido e trabalhado com Paulo e o
conhecia bem. O apóstolo não se escondera por trás de declarações
extravagantes e de propaganda religiosa.
Ensinam
a verdadeira doutrina (v.10b). “O meu ensino”,
nesse caso, se refere à fé verdadeira de Paulo, o evangelho de
Jesus Cristo. Por mais carismático que um pregador seja, se ele não
pregar a verdade da Palavra de Deus, não merece nosso apoio. Hoje em
dia, vemos nos programas e rádio e de televisão um bocado de
“pseudocristianismo”, que mistura psicologia, motivação para o
sucesso, culto a esta ou àquela celebridade e um pouco de Bíblia
para dar uma aparência religiosa. Cuidado!
Praticam
o que pregam (v.10c). O “procedimento” (modo de vida) de
Paulo corroborava sua mensagem. Não pregava o sacrifício, enquanto
vivia no meio do luxo. Dava aos outros muito mais do que havia
recebido deles. Defendia a verdade, mesmo que isso significasse
perder amigos e, no fim, perder até a própria vida. Paulo era um
servo, não uma celebridade.
Seu
propósito é glorificar a Deus (v.10d). Nunca houve dúvidas
quanto ao “propósito” de Paulo no ministério: ele desejava
fazer a vontade de Deus e concluir a obra da qual Deus o havia
incumbido (At 20:24; Fp 1:21). O apóstolo Paulo era um homem de “fé”
que confiava que Deus supriria suas necessidades. Era um homem
“longânimo” que suportava com paciência os ataques das pessoas.
Era um homem de “amor” que se dedicava de bom grado a servir os
outros. O termo “perseverança”, no final de 2 Timóteo 3.10,
significa “capacidade de permanecer firme e constante, mesmo em
meio às dificuldades”.
Estão
dispostos a sofrer (vv.11,12). Paulo não pediu que outros
sofressem por ele; ele sofreu por outros. O fato de ter sido
perseguido de cidade em cidade era prova de que levava uma vida
piedosa. Hoje em dia, há quem acredite que piedade significa escapar
das perseguições, quando, na verdade, é justamente o contrário.
Fico
imaginando como Paulo se sairia se fosse avaliado pelos conceitos
atuais de liderança cristã. É provável que fosse reprovado. Será
que o aceitariam, se ele se candidatasse a trabalhar em uma
organização missionária moderna? Havia sido preso; tinha problemas
de saúde e criava problemas em quase todos os lugares por onde
passava. Era pobre e não se preocupava em agradar aos ricos. No
entanto, foi usado por Deus, e, até hoje, somos abençoados porque
Paulo foi fiel.
Fonte: WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo: Novo Testamento. Santo André: Geográfica, 2007.
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