Se
você atendeu ao chamado de ensinar em uma classe de Escola
Dominical, na verdade você aceitou um grande trabalho, porque este
chamado traz consigo o privilégio e a responsabilidade de cooperar
com Deus na formação do caráter cristão, e no compartilhamento do
conhecimento espiritual. De modo real essa pessoa foi chamada ao
ministério. Reconhecendo a importância e a dignidade de seu
chamamento, você deve propor-se, com a ajuda de Deus, a conseguir
maior e melhor rendimento possível em seu trabalho, fazendo dele uma
verdadeira vocação.
Em
primeiro lugar, você deve procurar o que não se adquire por mero
estudo: os dons espirituais,
especialmente apropriados ao professor (1 Coríntios 12:7-10, 28). A
partir daí, lembrando-se de que Deus sempre opera em colaboração
com nossa inteligência, você, como professor, começa seu próprio
treinamento, fazendo a si mesmo as seguintes perguntas:
1.
Por que ensino? Qual é meu propósito e que objetivo quero alcançar?
Você,
professor, precisa ter percepção clara e bem definida do propósito
de seu ensino. Só assim poderá ter êxito em seu trabalho. Se não
houver um propósito firme e uma preparação prévia, se tudo for
deixado ao acaso, assim também serão os resultados de seu ensino.
Depois de considerar bem o assunto, o verdadeiro professor espiritual
chega à conclusão de que seu trabalho principal, e o fim primordial
de seu esforço, serão a aplicação das verdades bíblicas para
guiar seus alunos a um conhecimento experimental de Cristo, que cada
lição seja um instrumento para o crescimento do caráter cristão.
Em resumo, seu objetivo principal tem largo âmbito moral e
espiritual.
2.
A quem ensinarei? Que tipo de alunos receberá meu ensino?
Seu
talento e suas condições pessoais, como professor, revelarão se
lhe convém mais ensinar aos adultos, aos jovens, aos adolescentes,
aos intermediários, aos primários ou às criancinhas.
3.
Que ensinarei? Que conhecimento do assunto possuo?
O
objetivo principal de seu ensino será, é claro, a Bíblia. Por
isso, deve fazer o máximo que puder para dominar as histórias, as
doutrinas, a geografia e os costumes mencionados na Bíblia. "Tu,
pois, que ensinas a outro, não te ensinas a ti mesmo?"
(Romanos 2:21).
O
professor não pode compartilhar o que não sabe, não pode explicar
o que não compreende, nem pode falar com autoridade se não tiver um
conhecimento completo da matéria que ensinará. Se você tem
intenção de entregar-se à dura tarefa de ensinar, estude "sem
cessar", leia diligentemente acerca de
tudo o que a Bíblia ensina em diversos níveis, e faça um estudo
sistemático da Palavra de Deus. Certamente este programa significa
trabalho duro, mas não se alcança um ensino eficaz e eficiente sem
esforço. O verdadeiro professor tem que
alcançar os frutos de seu ensino com o suor de seu rosto.
No entanto, todo esforço árduo é rico em recompensas.
4.
Como ensinarei?
Responder
a esta pergunta é de grande importância. Não importa quanto
conhecimento o professor possua, falhará se não possuir também a
arte de ensinar, isto é, se não souber transmitir esses
conhecimentos a seus alunos.
Será
que alguém pode, na verdade, aprender a ensinar? Podemos imaginar
você, leitor, dizendo: "Eu pensei que
ensinar fosse um dom que algumas pessoas têm por natureza!"
É verdade que certos indivíduos possuem capacidade especial para
ensinar, mas é também acertado dizer-se que esta arte pode ser
adquirida.
Algumas
pessoas parecem "gênios",
mas na maioria dos casos, o gênio é o resultado de dois por cento
de inspiração e
noventa e oito por cento de transpiração,
como disse Thomas Edison.
O
ensino é uma arte que pode ser adquirida porque é governada por
leis definidas. Estude e domine estas leis, aplique-as com paciência,
e você descobrirá que está ensinando bem. O bom êxito depende de
"saber como fazê-lo".
(adaptado do livro “Ensinando com êxito na Escola
Dominical”, de Myer Pearlman, Editora Vida, 1995, 7ª
ed.)
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