Porque é
a verdade que santifica e liberta, e porque a Palavra de Deus é a
verdade, uma educação eficaz deve ensinar a Palavra de Deus. A
interação com a Escritura é essencial para a saúde espiritual da
congregação e sem ela o crescimento espiritual é impossível.
Há uma
crescente falta de ênfase ao ensino da Bíblia nos programas
educacionais de nossas igrejas, com ênfase cada vez mais em
satisfazer as necessidades das pessoas. Cursos sobre administração
financeira, comunicação no casamento, a quebra de padrões de
co-dependência, e uma gama de outros estudos “orientados pela
necessidade” estão substituindo estudos mais biblicamente e
teologicamente orientados. A pressuposição subjacente parece ser
que a Bíblia e a Teologia são irrelevantes para a vida moderna.
[...]
Os
evangélicos modernos são caracterizados por um alto grau de
confiança na autoridade, infalibilidade e inerrância da Escritura.
Nós somos conhecidos principalmente como o “povo do livro”.
Mesmo assim, nossa prática não é consistente com nossa crença.
Nós argumentamos sobre a importância teológica da Escritura, mas
cada vez mais a tratamos como periférica para a nossa fé. Aprender
a Palavra significa viver a Palavra. Somente o conhecimento que é
traduzido em ação é aceitável.
Se é
verdade que Deus inspirou os autores da Bíblia e que as Escrituras
contém exatamente as palavras que Deus designou, então o que se
segue é que nós devemos ensinar as Escrituras ao nosso povo. Nós,
entre todos os povos, devemos ser aqueles que não somente afirmam o
valor da Bíblia, mas que também ensinam a Bíblia ao seu
povo.
A
Escritura não é irrelevante para a experiência moderna. As suas
verdades eternas são relevantes e essenciais hoje exatamente como
elas foram quando primeiro escritas. Os temas centrais da Escritura –
santidade, eleição, propiciação, pecado, redenção, providência
e uma gama de outros – são importantes para nós se quisermos
viver como povo de Deus. Se queremos que o nosso povo tenha a mente
renovada, nossos programas educacionais devem ensinar-lhes a Bíblia.
Karl
Barth, o brilhante teólogo suíço, não tinha a mesma visão a
respeito da Escritura que os evangélicos modernos, mas ele
valorizava a Bíblia. Quando não jurou lealdade a Adolph Hitler, ele
foi forçado a deixar a sua posição de professor na Universidade
Bonn. Suas palavras finais aos seus alunos foram: “E agora
chegou o fim. Assim, ouçam o meu último conselho: exegese, exegese
e mais exegese! Permaneçam na Palavra, a Escritura que nos foi
dada”.
Karl
Barth entendia que o cristianismo é primeiro uma religião de texto,
cuja identidade e autoridade são baseadas na doutrina da inspiração.
Nossos programas educacionais devem refletir essa convicção se
queremos alimentar espiritualmente crentes maduros.
(extraído
de “INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO CRISTÃ - Ensino e Crescimento”,
de Perry G. Downs. Editora Cultura Cristã, 2001, pgs. 164/165)
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