Admitindo-se os processos de assimilação e acomodação, nós
podemos desenvolver uma abordagem para um ensino eficaz. Um ensino eficaz
começa ao se ativar as estruturas cognitivas existentes pela introdução de
conceitos familiares. Começar com o que
é conhecido cativa a mente e fornece uma estrutura para o que virá a seguir.
Segundo, o professor deve introduzir novos conceitos ou fatos
que as estruturas cognitivas existentes não podem acomodar. Essa interrupção do
equilíbrio cognitivo pode causar um certo grau de desconforto, mas é necessário
para o processo de aprendizado. O pequeno nível de ansiedade gerado com o
desequilíbrio fornece a “energia” necessária para o aprendizado.
Alunos que foram
incomodados com uma aula conhecem bem o sentimento de não estar equilibrado. Há um desconforto que pode ser útil
para o aprendizado, não permitindo que a pessoa descanse até que a questão
esteja resolvida. Mas quando o desequilíbrio se torna muito severo, funciona
como um dano ao aprendizado. O estudante que diz “eu não quero pensar sobre
isso” está dizendo “eu não quero ser desequilibrado”. O professor sábio é sensível
ao nível correto de desconforto apropriado para um aprendizado eficaz.
Terceiro, o professor ajuda o aluno a criar novas
estruturas cognitivas que podem
assimilar as novas ideias. Ensinar é uma
questão de ajudar as pessoas a pensar de maneiras mais adequadas sobre o
assunto em questão.
As parábolas de Jesus serviram a esse propósito. Ele começava
falando sobre um conceito familiar, apresentava uma nova ideia que rompia com
as categorias religiosas de sua audiência, e então resolvia o conflito ao
sugerir melhores formas de pensar sobre o reino de Deus. Da mesma forma, ensinar é uma questão de apresentar novas
informações ou novos conceitos e ajudar os alunos a reestruturarem o pensamento
para incluir a nova informação de maneira responsável.
Fonte:
DOWNS, Perry G. Introdução à Educação Cristã. São
Paulo: Cultura Cristã, pgs. 109-110
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