“Exortamo-vos,
também, irmãos, a que admoesteis os insubmissos, consoleis os desanimados,
ampareis os fracos e sejais longânimos para com todos.”
(1 Tessalonicenses
5.14)
Deus salva todo tipo de gente, coloca
essas pessoas juntas em sua igreja e diz “agora amem um ao outro”. A família de
Deus inclui aqueles que já andaram com Deus por anos e aqueles que ainda estão
esfregando os olhos, maravilhados por terem sido salvos por Deus duas semanas
atrás. Deus une os fracos e os fortes, e nos diz para vivermos juntos de uma
forma que irá glorificá-lo.
Às vezes precisamos admoestar os
outros
Aparentemente havia alguns em
Tessalônica que não estavam trabalhando. Talvez eles tivessem se demitido
acreditando que o retorno de Jesus era iminente. Talvez eles fossem só
preguiçosos. Paulo manda admoestá-los, avisá-los, exortá-los a trabalhar e
prover para suas famílias, e serem diligentes.
No entanto, Paulo também manda ser
paciente com eles. É fácil ficar chateado com alguém que é preguiçoso. Quando
você levanta cedo, aguenta o tráfego na hora do rush, moureja no seu trabalho,
aguenta um chefe exigente, e chega em casa pra descobrir que seu irmão dorme
até o meio dia e quer pegar dinheiro emprestado com você. É fácil ficar
irritado. Fale com ele. Admoeste-o. Mas seja paciente com ele.
Perceba que, dos três tipos de
pessoas que Paulo menciona, dois terços são “desanimados” e “fracos”.
Aparentemente, mais crentes tessalonicenses eram tentados ao desânimo do que à
ociosidade. Esse tem sido o caso em minha experiência pastoral ao longo dos
anos.
Paulo diz para “consolar os
desanimados” – os desencorajados, débeis e tímidos. Eles querem desistir, estão
com medo, é difícil para eles ter fé. Você gasta algumas horas encorajando-os,
eles saem confiantes e crendo no Senhor, mas no dia seguinte eles voltam tão
desanimados e incrédulos como sempre foram. Seja paciente com eles.
É fácil ficar frustrado com os
desanimados, especialmente se você não tem as mesmas dificuldades que eles.
Deus deu a alguns de nós um dom de fé, ou nós crescemos na fé ao longo dos
anos, então somos capazes de confiar em Deus quando ele nos leva pela enchente
ou pelo fogo. Outros não têm este tipo de fé. Eles são constitucional e
continuamente “desanimados”. Eles não parecem acreditar nas promessas de Deus.
Eles querem e tentam acreditar, até creem por um tempo. E então afundam de
novo. Não despreze-os. Lide com suas quedas. Seja paciente com eles.
Outros crentes são “fracos”. Eles não
têm muita força espiritual. Eles falham repetidamente e parecem não conseguir
vencer o pecado. Seja paciente com eles.
É fácil para aqueles que são fortes
julgar os outros a partir de sua própria força.
Meu pai era uma ótima pessoa, mas não
conseguia entender por quê as pessoas tinham tanta dificuldade em parar de
fumar. “Eu fumei por vinte anos, então um dia eu simplesmente decidi
desistir e pronto. Nunca fumei outro cigarro depois disso. Você só decide parar
e para”. Não foi tão fácil pra mim. Eu havia usado tabaco por uns poucos
anos e parei quando me tornei um jovem crente. Foi tão difícil pra mim. Eu
falhei repetidamente e demorei um bom tempo até finalmente parar.
Pode ser pecado sexual ou bulimia ou
raiva, mas muitos de nós somos fracos em alguma área. Aqueles que nunca lutaram
contra um pecado específico podem ser tentados a desprezar aqueles que lutam. É
fácil ficar impaciente com alguém se você nunca passou por isso. Em vez de
dizer pra alguém pra se animar, superar, simplesmente parar ou simplesmente
fazer, Paulo diz “ampare os fracos”. Ajude-os em oração. Ajude-os com
encorajamento ou gentilmente se oferecendo para que prestem contas. E seja
paciente com eles quando eles falharem. Jesus vai ajudá-los e eles vão crescer.
Talvez cresçam devagar, mas vão crescer.
Deus tem sido incrivelmente paciente
e longânimo comigo. Como eu posso ser impaciente e não ser longânimo com
outros? Jesus aguentou as minhas falhas, descrença, preguiça e diversas
fraquezas por anos, ainda assim ele nunca desistiu de mim. Como eu posso não
fazer o mesmo por outros?
Fonte: Reforma21
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