O
que a natureza humana tem que a faz sujeita à tentação e
vulnerável ao pecado? Adão e Eva foram criados sem pecado e sem a
necessidade de pecar. No entanto, algumas características permitiram
que o pecado entrassem em suas vidas (Gn 3:6-7). Quais foram essas
características?
As
Escrituras nos oferecem duas respostas. No caso de Eva, a escolha
de acreditar em uma mentira foi a porta de entrada do pecado em
sua vida (Gn 3.13; 2Co 11.3; 1 Tm 2.14). Adão, por sua vez, optou
por ignorar a ordem de Deus (Gn 3.17).
Essas
duas escolhas – enganar a si mesmo e fazer a vontade própria
prevalecer – são dois lados de uma mesma moeda. Ambos atuam como
complicadores da realidade, permitindo que o pecado até hoje
continue a criar raízes e a gerar seu fruto mortal em nós, até o
momento em que Cristo entre em nossa vida e destrua os vínculos com
o mal, dando-nos poderes para resistir a ele.
A
tentação é o apelo que o pecado faz aos nossos desejos e às
nossas necessidades básicas quando precisam ser satisfeitos, usando
para isso meios impróprios e perversos. Isso também pode ser
definido como engano a si próprio, porque desta forma criamos
maneiras de justificar-nos diante da ilusão da satisfação, mesmo
sabendo intimamente que a atitude errada será tomada e gerará dor e
morte, em vez de prazer e vida para a nossa alma.
Por
esta razão, as Escrituras frequentemente falam quem este tipo de
cegueira é exercido como um ato de vontade própria, com o qual
optamos pela rebeldia e pela ilusão. Mas, quando Cristo entra em
nossa vida, Ele regenera nosso coração e liberta-nos, para fazermos
a escolha correta e verdadeira (1Co 6:9-11; Tg 1:26-27; 1 Jo 3:7-9).
Fonte: RADMACHER, Earl D; ALLEN, Ronald B; HOUSE, H. Wayne. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento: A Palavra de Deus ao alcance de todos. Rio de Janeiro: Central Gospel, 2010. 1418 p.
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